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domingo, 4 de outubro de 2015

Fotografando Gatos




Dicas de Fotografia[i]




Fotografar Gatos, Cães e Crianças possui algumas dificuldades similares. Eles são elétricos, não param nenhum momento e dificilmente irão fazer o que você deseja. Dos três, os gatos são os campeões. Nestes mais 12 anos dedicados a fotografia digital (minha primeira compacta foi um Olympus de enormes 3,2 megapixels), trocando experiência com amigos gateiros e estudando os fotógrafos especialistas do segmento, fui colhendo algumas dicas que devem ajudar a todos a tirarem melhores fotografias de seus Gatos (algumas dicas funcionam para cães e crianças também).


Transforme aquele momento de brincadeiras em uma sessão fotográfica, deixe sempre por perto a máquina fotográfica carregada ou o seu celular, assim você poderá capturar aquele momento único em que o seu Gato se mete em uma situação diferente, engraçada ou terna. O principal, nunca tente forçar o Felino a fazer algo contra vontade, seja paciente e respeite as vontades e a personalidade do seu Gato.



Uma coisa comum a todos os Gatos é a curiosidade (quem nunca ouviu o ditado: “A curiosidade matou o Gato”?), utilize a seu favor fazendo que o Gato vá para onde você deseja e faça o que você espera.



Estale os dedos, amasse papel, jogue bolinhas e outros brinquedos. Atire uma bolinha na direção que você deseja e a curiosidade fará o resto. Caso não dê certo o ardil, não entre em desespero, lembre-se de não força-los nunca. Apenas espere por uma nova oportunidade, arrume um ajudante para brincar e distrair o Gato. Nunca espere muita cooperação do Felino, porque cooperar não consta do dicionário deles. Caso o Gato não tenha costume com o equipamento fotográfico, dê-lhe um tempo para conhecer e até cheirar todas as novidades.



Tem um espaço exterior  onde os Gatos ficam, abuse da luz natural e dos momentos de brincadeiras ao ar livre. O melhor horário é quando o sol está baixo, você terá uma luz clara e quente, sem sombras marcadas nas faces ou nos pelos do Gato.



Para fotografar este momentos de brincadeiras, evite alimentar seu animal antes, pois depois de comer ele só vai querer curtir uma soneca debaixo da árvore.  Mesmo para fotografias internas, aproveite a Luz Natural que entra pelas janelas, se precisar de aumentar a iluminação rebata com um lençol esticado ou uma folha de isopor, você também pode criar uma iluminação indireta com abajures e sancas.




Nunca fotografe com flash, a luz do flash chapa a fotografia, retira detalhes de profundidade, retira as sutilezas do ambiente e do objeto fotografado, deixando tudo no mesmo plano, e ainda pode assustar o animal ou ferir a retina daqueles mais sensíveis (o mesmo cuidado deve ser tomado ao fotografar recém nascidos, nunca utilize o flash).



Fotografe de ângulos diferentes, coloque-se na altura do seu Gato e o fotografe direto no olhos, mude a sua perspectiva de visão de mundo. Ajoelhe, agache, rasteje, role na grama, suba em árvores. Uma boa fotografia muitas vezes significa um bom esforço, até mesmo físico. Faça novos enquadramentos, saia da foto de corpo inteiro do gato dormindo, fotografe parte do rosto dando ênfase ao olho, ou ao focinho, tire fotos das patas, da cauda em posição diferente (o clássico “Gato escondido com rabo de fora”).




Observe também o fundo da foto, tente eliminar objetos que poluam o quadro e tirem a atenção do objeto fotografado (o seu Gato).



Eu tenho três gatas que amam ficar numa fruteira em cima da mesa da cozinha, ao fotografar sempre tomo cuidado para não enquadrar a bagunça da pia ou as panelas no fogão, as vezes uma leve mudança nossa deixará o fundo menos carregado). A exceção a regra é quando o fundo da cena conta uma história. Quem nunca se deparou com pilhas de livros no chão, rolos de papel rasgados pela casa, jarras de flores quebradas, uma foto do pequeno meliante em meio ao caos reinante é uma boa recordação das alegrias de se ter um ou mais gatos.

Um outro ponto importante é a configuração do equipamento fotográfico. Está usando uma compacta automática e nem tem ideia do que seja obturador ou diafragma?



Não tem problema, muitas automáticas possuem o modo “desporto” ou “Crianças, ative-o ao fotografar animais de estimação que estão sempre se mexendo.  Caso sua máquina possibilite o controle de velocidade do obturador, utilize sempre as mais altas (experimente um 1/1000 ou maior, com o diafragma em f 5.6, foco contínuo, e você irá congelar a ação sem borrar o movimento).



Atenção também a pelagem dos animais, pelos brancos e pelos negros costumam dificultar na hora de fotografar. Para as pelagens brancas é comum a superexposição com a luz estourando em alguns pontos; para as pelagens negras é comum a subexposição com o animal transformado numa única massa escura, muitas vezes a máquina lê errado as informações da iluminação.  (Imagine a dificuldade em fotografar um Frajola?)



Para ajudar, centre o foco nas partes mais escuras ou mais claras, subexpondo no caso dos gatos de pelagem clara e superexpondo no caso de gatos de pelagem escura. E como tudo o mais, fotografar é um exercício continuo, ad eternum , um constate treino do olhar para perceber o momento único, belo, engraçado que será eternizado.




Vejam como uma mudança de posição do fotografo modifica totalmente o resultado da fotografia.





O celular também rende boas fotos. Use!
Abaixo várias fotografias feitas com o celular











[i] Nosso especial agradecimento a Giane Portal,  do Fofuras Felinas, que sempre dividiu dicas de como fotografar os Gatos com as amigas Gateiras. 

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