Raphael Villa
Vitrines de shoppings (mesmo com a proibição da exposição nas mesmas), feiras de beira de estrada, anúncios na internet, canis em situações precárias, enfim, são tantos lugares dedicados ao "comércio" de pets que muitos acabam desacreditando na criação responsável.
O comércio ilegal de pets se tornou um câncer na nossa sociedade. É difícil mensurar o lucro que os de má índole tem com esse tipo de negócio, mas se levarmos em conta que o tráfico e comércio de animais silvestres, terceira atividade ilícita mais lucrativa do mundo, gera mundialmente 10 bilhões de dólares por ano - sendo que o Brasil corresponde a 15% desse total, aproximadamente 1,5 bilhão de dólares - percebemos que comercializar pets acaba por ser um negócio rentável.
Acaba que a conclusão é a seguinte: Uma parcela dos 106,2 milhões de pets do Brasil (números da ABINPET) vieram desse mercado negro, já que por falta de conhecimento - e na minha opinião, uma pitada de ignorância - alguns tutores financiam criadores (Leia 10 Dicas para Identificar um Criador de "Fundo de Quintal") e protetores irresponsáveis.
Na cidade de São Paulo, foi sancionada em 16 de julho de 2007 a LEI Nº 14.483 - Lei do Comércio de Cães e Gatos, que regulamenta a venda de cães e gatos no varejo, bem como doações em eventos desenfreados. A mesma, proíbe a venda de pets em vitrines e a doação sem castração e feiras ao ar livre, mas principalmente, protege a reprodução, criação e adoção LEGAL e RESPONSÁVEL.
Em Manaus, uma lei de mesmo pronunciamento também foi sancionada, porém até o ano de 2013 (últimos dados que encontrei), era ignorada, não fiscalizada e criticada por "criadores" e "protetores" (durante as pesquisas que fiz para a matéria, li relatos de uma "criadora" que não aprova a castração - leia Castração - pois o processo leva a obesidade e demanda maiores cuidados com os animais, BALELA. E também o relato de um protetor que achou um absurdo a proibição das feirinhas).
Entendam, venda em locais inapropriados e mega feiras de adoção trazem tutores irresponsáveis (leia POSSE RESPONSÁVEL) e não é isso que precisamos. Criadores e protetores sérios escolhem tutores para seus animais e sem sombra de dúvida dirão NÃO a quem julgarem como inapto a posse do pet.
COMO PODEMOS DIMINUIR AS INCIDÊNCIAS DE VENDA E DOAÇÃO IRRESPONSÁVEL?
Simples, procure por bons criadores que respeitam os animais e procuram sempre a melhoria de sua raça, não compre de qualquer um. E se você quiser adotar, procure por ONG'S e/ou protetores independentes que realizam seu trabalho com seriedade, sempre prezando o bem-estar do cão ou gato resgatado, para que este não volte ou conheça as ruas e a crueldade humana. Ao final, seja um bom tutor, escolha o animal que se adeque a sua rotina e a sua família, para que ele não sofra mais tarde.
Não financie o Mercado Negro de pets!!!!
Bibliografia
Números do Tráfico
Tráfico de Animais: Um Flagelo Brasileiro
Lei do Comércio de Cães e Gatos
Legislação que regulamenta a venda de cães e gatos segue ignorada em Manaus
Números do Tráfico
Tráfico de Animais: Um Flagelo Brasileiro
Lei do Comércio de Cães e Gatos
Legislação que regulamenta a venda de cães e gatos segue ignorada em Manaus
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